Os 7 Erros Mais Comuns de Peritos Iniciantes e Como Evitá-los.

Iniciar na carreira de perito judicial pode parecer desafiador, especialmente sem a experiência necessária. Muitos profissionais cometem erros que podem comprometer sua atuação e reputação. Este artigo visa apresentar os 7 erros mais comuns de peritos iniciantes e, crucialmente, como evitá-los para construir uma carreira sólida e bem-sucedida.

1. Falta de Preparo Técnico Adequado

Um dos erros mais graves é a falta de preparo técnico. A perícia judicial exige um conhecimento aprofundado na área de atuação, bem como familiaridade com as normas e legislações pertinentes. Muitos peritos iniciantes subestimam a importância dessa preparação, o que pode levar a laudos inconsistentes e questionamentos.

Para evitar esse erro, invista em cursos de especialização, participe de eventos e seminários, e mantenha-se atualizado com as novidades da sua área. Além disso, estude a fundo as normas do Novo Código de Processo Civil e outras legislações relevantes. Se precisar de ajuda para dar o pontapé inicial, entre em contato conosco e veja como podemos te ajudar!

2. Desconhecimento das Normas Processuais

O desconhecimento das normas processuais é outro erro frequente. O perito judicial deve estar familiarizado com os prazos, procedimentos e formalidades exigidas pelo Código de Processo Civil. Ignorar essas normas pode resultar na anulação do laudo pericial e em prejuízos para o processo.

Para evitar esse problema, estude a fundo o CPC, participe de cursos sobre processo civil e acompanhe as decisões dos tribunais. Tenha sempre em mente que o perito é um auxiliar da justiça e, como tal, deve seguir rigorosamente as normas processuais.

3. Elaboração de Laudos Periciais Deficientes

A elaboração de laudos periciais deficientes é um erro que pode comprometer toda a sua atuação. Um laudo mal estruturado, com informações incompletas ou inconsistentes, pode ser facilmente questionado pelas partes e pelo juiz. Além disso, um laudo confuso ou obscuro pode dificultar a compreensão do caso e prejudicar a decisão judicial.

Para evitar esse erro, siga as seguintes dicas:

• Estruture o laudo de forma clara e organizada, com introdução, desenvolvimento e conclusão.
• Utilize uma linguagem técnica precisa e acessível, evitando jargões e termos ambíguos.
• Apresente os fatos de forma objetiva e imparcial, sem emitir opiniões pessoais.
• Fundamente suas conclusões em dados e informações concretas, como documentos, exames e vistorias.
• Responda a todos os quesitos formulados pelas partes e pelo juiz de forma clara e completa.
• Revise o laudo cuidadosamente antes de entregá-lo, verificando se não há erros de português, gramática ou digitação.

Lembre-se que o laudo pericial é a principal ferramenta do perito para influenciar a decisão judicial. Portanto, invista tempo e esforço na sua elaboração.

4. Falta de Imparcialidade e Ética

A falta de imparcialidade e ética é um erro grave que pode comprometer a credibilidade do perito judicial. O perito deve atuar de forma independente e neutra, sem favorecer nenhuma das partes envolvidas no processo. Emitir opiniões parciais ou influenciadas por interesses pessoais pode resultar na sua desqualificação e em sanções disciplinares.

Para evitar esse erro, siga rigorosamente o código de ética da sua profissão e declare-se impedido ou suspeito sempre que houver algum conflito de interesses. Lembre-se que a sua reputação é o seu maior patrimônio.

5. Desorganização e Falta de Gerenciamento de Prazos

A desorganização e a falta de gerenciamento de prazos são erros que podem comprometer a sua eficiência e pontualidade. O perito judicial deve ser capaz de organizar suas tarefas, controlar os prazos processuais e cumprir os compromissos assumidos. Atrasos na entrega do laudo ou o não comparecimento a audiências podem gerar prejuízos para o processo e prejudicar a sua imagem profissional.

Para evitar esses problemas, utilize ferramentas de gestão de tempo, como agendas, planilhas e softwares de organização. Defina prioridades, estabeleça metas realistas e evite a procrastinação. Se precisar de ajuda para gerenciar seus prazos e processos, entre em contato conosco.

6. Comunicação Ineficaz com as Partes e o Juiz

A comunicação ineficaz com as partes e o juiz é um erro que pode gerar mal-entendidos e conflitos. O perito judicial deve ser capaz de se comunicar de forma clara, objetiva e cordial, tanto por escrito quanto verbalmente. Evite discussões, polêmicas e o uso de linguagem agressiva ou desrespeitosa. Lembre-se que você é um auxiliar da justiça e, como tal, deve colaborar para a solução do litígio.

Para melhorar a sua comunicação, pratique a escuta ativa, seja claro e conciso nas suas explicações, evite jargões e termos técnicos excessivos e responda às perguntas de forma completa e objetiva.

7. Não Buscar Atualização Contínua

O mundo está em constante evolução, e o universo jurídico não é diferente. Um dos maiores erros que um perito judicial pode cometer é não buscar atualização contínua. As leis mudam, novas tecnologias surgem, e novas áreas de conhecimento se desenvolvem. Um perito que não se atualiza corre o risco de ficar obsoleto e perder oportunidades.

Para evitar esse erro, invista em cursos, participe de eventos, leia livros e artigos, e acompanhe as notícias da sua área. Mantenha-se sempre atualizado com as novidades do mercado e as tendências do futuro. O conhecimento é a sua maior ferramenta de trabalho.

FAQ - Perguntas Frequentes

Quais são as qualificações necessárias para se tornar um perito judicial?

Para se tornar um perito judicial, é necessário possuir nível superior na área de atuação desejada, registro no órgão de classe (quando aplicável) e conhecimentos técnicos específicos sobre o tema da perícia. Além disso, é importante ter experiência profissional na área e familiaridade com as normas processuais.

Como é feita a nomeação de um perito judicial?

A nomeação do perito judicial é feita pelo juiz, que escolhe um profissional de sua confiança ou indica um perito cadastrado no tribunal. As partes também podem indicar peritos de sua confiança, mas a decisão final cabe ao juiz.

Qual é o papel do assistente técnico no processo judicial?

O assistente técnico é um profissional contratado pelas partes para acompanhar a perícia e emitir pareceres técnicos. Ele atua como um consultor da parte, auxiliando-a na compreensão do laudo pericial e na formulação de quesitos complementares.

Como é calculado o valor dos honorários periciais?

O valor dos honorários periciais é definido pelo juiz, levando em consideração a complexidade do trabalho, o tempo despendido, a qualificação do perito e os valores praticados no mercado. As partes podem negociar o valor dos honorários com o perito, mas a decisão final cabe ao juiz.

O que fazer em caso de discordância com o laudo pericial?

Em caso de discordância com o laudo pericial, a parte pode apresentar um parecer técnico elaborado por seu assistente técnico, questionando as conclusões do perito e solicitando esclarecimentos ou complementações. O juiz pode determinar a realização de uma nova perícia ou solicitar o comparecimento do perito em audiência para prestar esclarecimentos.

Conclusão

Evitar esses 7 erros é fundamental para construir uma carreira sólida e bem-sucedida como perito judicial. Invista em sua formação, mantenha-se atualizado, siga as normas processuais, seja imparcial e ético, organize suas tarefas e comunique-se de forma eficaz. Se precisar de ajuda para iniciar ou aprimorar sua atuação como perito, entre em contato conosco. Nossa equipe está preparada para te auxiliar em todas as etapas da sua jornada.

Publicado em: 16/09/2025